segunda-feira, 27 de maio de 2013
Mais novidades e problemas do Xbox One
Mal passou uma semana da revelação do Xbox One pela Microsoft, nunca surgiu tantos comentários sobre um console, como está acontecendo com esse. E claro, poucos comentários são positivos, graças a Microsoft que criou as políticas estranhas do console. Ainda existem muitas dúvidas, mas a Microsoft se adiantou para tentar esclarecer algumas delas. Algumas são positivas, outras vão ajudar quem não gostou nem um pouco do que foi mostrado até agora.
Trava por região
Isso era uma grande dor de cabeça que vinha com os VHS e que ganhou mais força com DVDs e Blu-Rays. A Microsoft confirmou que, ao contrário do que os esperançosos queriam, o XBox One não será region-free. Ou seja, qualquer conteúdo do console sendo físico ou digital, não funcionará num Xbox One fora de sua região designada. Pelo menos ela está mantendo a política que já existia no Xbox 360. Isso realmente é ruim demais, imagina você indo na casa de um parente distante e ele não tem um jogo que por acaso você tem e ele quer jogar muito, é você vai ter que levar seu Xbox One para jogar.
Proibição de comentários no vídeo oficial
A apresentação oficial do Xbox One estava recebendo muitos comentários agressivos e negativos que a MS resolveu desativa-los por completo, em todos os vídeos promocionais do Xbox One. A coisa foi tão feia, que até o Major Nelson decidiu tirar umas “férias” do twitter. Apesar de muitos comentários negativos, a maior parte não era de ameaças de morte (o que está virando bem comum em todo o mundo, quando um fã não gosta do que está vendo), mas sim piadas como “LOL", "failbox” e “não compramos consoles para ver TV”.
Kinect obrigatório, sempre ligado, sempre te vendo, sempre ouvindo
Todos lembram do Projeto Natal, que iria trazer impressionantes adaptações, o Kinect falhou e muito em continuar a impressionar após seu lançamento. No Xbox One, ele virá com todas as versões do console, será necessário estar ativado para que o console funcione (se o Kinect não estiver plugado/ligado, o Xbox One fica desligado) e ficará constantemente ouvindo e vendo os jogadores e transmitindo dados à Microsoft (é o Big Brother Microsoft). Claro que ele terá agora detecção de profundidade e resolução de 1080p (além da promessa da capacidade de diferenciar até seis pessoas ao mesmo tempo) e de acordo com o Vice-Presidente Executivo Phil Harrison, o Kinect 2.0 é a força principal por trás do Xbox One. Segundo ele, esta “obrigação de Kinect” mudará completamente como os desenvolvedores atuarão com o console, e como os jogadores o usarão.
Múltiplos usuários em uma conta da Xbox Live Gold
Eis uma notícia positiva por causa de uma negativa. Quando a taxa para jogos usados e emprestados foi revelada, a palavra era que um jogo estaria atrelado apenas a uma conta na Xbox Live, e se fosse jogado em outra conta (até no mesmo sistema), o jogo exigiria a taxa. Agora, Phil Harrison explicou (ou foi uma mudança de política) afirmando que será possível utilizar múltiplas contas numa mesma assinatura da Xbox Live. Ou seja, pelo menos em casa você não terá o risco de ter problemas com seus jogos. Já sabíamos também que se você tem uma conta Gold no Xbox 360, ela também se aplica para o Xbox One, sem a necessidade de um custo adicional.
Achievements televisivos
Na conferência do Xbox One, foi muito comentada e ouvida a palavra “TV”. A Microsoft está apostando nisso mais do que pensávamos, porque acaba de registrar uma patente de “achievements” (conquistas) para TV. A patente, na verdade, foi registrada em novembro de 2012, mas só agora entendemos os planos da Microsoft. Alguns dos exemplos dados pela aplicação da patente incluem assistir a um evento inteiro como o Super Bowl, ou então assistir todos os episódios de uma série de TV. Recompensas típicas deverão ser mais pontos para o gamerscore e roupas para o avatar. Estes achievements também se expandem para propagandas. E com o Kinect sempre vendo e ouvindo, será difícil simplesmente deixar a TV ligada e sair fora, afinal, ele vai estar sempre de olho em você, como no BBB. (agora imagina quem odeia BBB e tem um Achievement para assistir ao BBB)
Absolutamente sem jogos independentes
Uma das coisas que deram vantagem da Xbox Live sobre o Wii e o PS3 (por um tempo) foi a capacidade de se lançar jogos totalmente independentes através da Live, gerando vários jogos que surgiram no 360 e, devido ao sucesso, conseguiram ir para outras plataformas. Mas infelizmente isso vai acabar, já que agora a necessidade de uma publicadora do jogo será absolutamente obrigatório. E, se você exige uma publisher para publicar um jogo, ele deixa de ser independente. Por enquanto, o que sobra é o contrato com a Microsoft: você concorda em publicar pelo menos três jogos, com um espaço de até 2 anos entre eles, seja multiplataforma ou exclusivo; ou permitir que a própria Microsoft publique o jogo por você (como Mass Effect 1 e Alan Wake). Depois de toda a revolta sobre este ponto, a palavra mudou um pouquinho: existe a promessa de explorarem novas formas de negócio com desenvolvedores independentes, mas não se disse “como” isso pode funcionar. Se o Xbone ficar sem jogos indie, isso será um retrocesso, já que foi o sucesso da Xbox Live Arcade que fez com que a Nintendo fizesse acordo com desenvolvedores em Unity e a Sony investisse pesado em jogos independentes.
Check-in a cada 24 horas
Um dos maiores medos era que o Xbox One tivesse a obrigatoriedade de ficar online. Foi dito que não será obrigatória a conexão constante do console, mas será sim necessário que ele faça um “check-in” a cada 24 horas para poder autenticar o uso do console. Depois de mais revolta, o discurso mudou. Agora ficou definido que os checks a cada 24 horas é uma possibilidade, e que a MS ainda não sabe como isso funcionará.
Sem jogos usados, sem jogos emprestados?
Outro medo que aparentemente tornou-se realidade. Foi revelado de que usuários de um jogo usado, ou emprestado, teriam de pagar uma taxa para jogar. Depois, foi dito que tal taxa seria o preço integral do jogo. Depois, o valor mudou para um fixo $52 dólares. Agora, a Microsoft disse que jogos trocados ou usados são importantes para os jogadores e para o XBox, e que as informações de taxas estão incorretas e incompletas, sugerindo que tal taxa não existirá. Aparentemente, toda vez que um jogo é instalado no seu Xbone, um código encriptado é usado para autenticar seu jogo, e é instalado na máquina. Quando o jogo é instalado e jogado em outro sistema, o código é desautenticado na máquina original até que o disco seja trazido de volta e re-autentique a máquina original.
Obrigatoriedade de instalação de jogos
Essa veio como uma legítima surpresa. Certos jogos no PS3 exigiam a instalação do jogo, fazendo você perder preciosos minutos de jogo. Essa exigência mudou nos outros jogos do PS3, mas será obrigatória em todos os jogos do Xbox One. Pelo menos será possível jogar o jogo enquanto ele é instalado. O grande problema vem no HD limitado de 500GB, porque não estaremos mais instalando arquivos armazenados num disco de 4 a 9 GB, e sim em um Blu-Ray de 25 até 50GB.
Sem compatibilidade com jogos antigos
Outra grande surpresa. Apesar da diferença de processadores, o Wii U tem capacidade de rodar jogos antigos dos consoles da Nintendo, e o PS4, apesar de não rodar pelos discos Blu-Ray, utilizará os serviços da Gaikai para rodar jogos do PS3. Então não tem grandes problemas no Xbox One não rodar jogos do 360 por disco. Infelizmente, não haverá suporte digital a este serviço. De acordo com os executivos, o hardware do Xbone não é compatível com os jogos do 360. O negócio é a nova geração, não a geração anterior. Quem ainda quiser jogar no 360 continuará recebendo suporte ao console através de novos jogos e aplicativos. Nem o “poder infinito da computação por Nuvem”, algo tão importante para a nova geração, será usado para suportar os jogos anteriores.
“A culpa da reação negativa é da mídia”
Apesar de ter colocado vários funcionários de relações públicas para tentar consertar as cagadas feitas e ditas pelos próprios executivos da empresa (como o Vice-Presidente afirmando algo, para depois Major Nelson afirmar outra coisa), a Microsoft resolveu colocar a culpa nos jornalistas dos games. É claro que, como todo jornalismo, é repleto de membros tendenciosos e alguns sites tentam ativamente estimular a rage dos leitores, positivamente ou negativamente. Mas aqui, a Microsoft resolveu culpar geral. Sites elogiadíssimos como o Giant Bomb, a Gamespot, Kotaku, Wired, Polygon e Edge levaram a culpa de toda atenção negativa que o console está recebendo. Estes mesmos sites receberam da mesma fonte (funcionários da Microsoft) informações diferentes, incompletas e conflitantes. O problema não era a MS esperar uma reação tão negativa de forma geral, e sim não estar preparada para isso, porque as informações incorretas continuam a sair.
Nem todos os pontos são exclusivamente sobre o Xbox One, e nem todos são extremamente preocupantes. Mas cada um é digno de atenção e devida preocupação. E apesar de todos os problemas que podem surgir de cada um deles para os jogadores, existem aqueles que acham (com ótimo fundamento) que as novas políticas da Microsoft podem transformar o Xbox One num verdadeiro Steam dos consoles. É claro que o preço dos jogos diz tudo (pagar duzentos reais num Tomb Raider e ficar travado na sua conta é diferente de pagar cinquenta reais no mesmo jogo e manter a limitação). O preço, data de lançamento, esclarecimentos e “jogos, jogos e mais jogos” do Xbone serão revelados na conferência da E3, em duas semanas.
Fonte: CinemaBlend, CinemaBlend, CinemaBlend, CinemaBlend, CinemaBlend, CinemaBlend, CinemaBlend, Polygon, GameIndustry.biz
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